domingo, 19 de janeiro de 2014

Para suportar as colinas do dia #11


De dentro da noite que me cobre,
Negra como a cova, de ponta a ponta,
Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
Pela minha alma inconquistável.
Na cruel garra da situação,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.
Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta-se apenas o Horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.
Não importa quão estreito seja o portão,
Quão repleta de castigos seja a sentença,
Sou o dono do meus destino:
Sou o capitão da minha alma.

William Ernest Henley

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